3 de ago. de 2009

Cara Pintadas 2, a missão. Fora Sarney, Collor e cia

Hoje eu estou envergonhado. Não há qualquer palavra que possa expressar tamanha indignação como brasileiro e cidadão. Então, quem sabe, uma maré de revolta como um tsunami de protesto dê uma resposta ao que Sarney, Collor e Renan Calheiros estão propondo: sejamos trouxas, frouxos, calados e comedidos. Não! Como pode um País ainda aceitar que estes três patéticos senhores ainda tenham voz, cadeira no senado e a cara-de-pau de se julgar inocentes? Os caras pintadas, o povo na rua, na internet, em qualquer lugar não pode calar diante de enorme humilhação. Não importa o Chaves, o Bush, o Obama, o Osama, o Putin e a p. que o pariu. O que importa é o Brasil que ainda elege estas figuras que já foram marajás, viajam com vale passagem do congresso, empregam familiares, comem filé e quinta-feira abrem o final de semana de festa em suas casas enquanto a população trabalha e sustenta esta pajelança dia após dia.
Não tem Gripe A, hepatite B, nem Vitamina C. Nem doença, nem remédio. A cura para estas pragas nacionais é a eliminação. Fora do congresso! Fora Sarney! Rua Calheiros! Deletem o Collor! Nem o Lula nem o PSDB conseguem ter uma posição firme neste sentido. É porque nossa política virou um tricot onde todos estão entrelaçados na mesma blusa. O tecido podre da falsa democracia. De que adianta Orkuts, Facebooks, mails, celulares, blogs, fotologs e twitters se estes caras seguem no topo pisando na nossa história, na nossa dignidade e na nossa família. É preciso um basta a tudo isto. Chega!
Eu penso que o dia 13 de agosto deveria ser marcado por um gesto de dignidade do povo brasileiro. Fazer desta data um marco para que nunca mais os brasileiros aceitem tamanha ousadia politiqueira. A coisa é tão absurda que qualquer cidadão sofre as consequencias dos males que estes picaretas estão alimentando. É um câncer político, um crematório de idéias, um vírus sem soro nem vacina.
A classe pobre e miserável - a maioria - segue iludida pelos benefícios como doces saborosos que são distribuídos pelos programas de governo. Ganham brindes e se calam. Seguem consumindo as mesmas coisas, votando nos mesmos perfis e inundando de confiança esta máfia que vira e mexe é reeleita. A classe média - os intelectuais - estuda a vida inteira e não consegue se estabelecer neste economia maluca. Devem para os bancos, para a família, vivem no cheque especial e cada dia é uma guerra. Aí passa o carroceiro banguela sorrindo. É depressão na hora. Compraram casa, carro, a filha está no colégio, mas devem para Deus e todo mundo. O jeito é trabalhar a vida inteira para pagar o conforto, o aluguel ou a prestação da casa própria. E tem ainda o plano de saúde porque o SUS é pus, um abcesso em processo inflamatório mortal. Ou o salário é muito aquém do que merece ou o pró-labore não existe porque o caixa da pequena empresa está quebrado.
Os ricos são sempre acusados de que estão vivendo bem, tem capital, patrimônio e reclamam da vida. Mas quantos milionários quebraram? Quantos precisam pagar altos impostos ou não têm mais lucro suficiente para sustentar o alto padrão de vida? Ah, mas são ricos, deveriam passar fome para saber o quê é bom? Não. O rico tem uma referência de alto nível e quando cai, não sabe viver às migalhas, economizando, tomando água e comendo pão com manteiga. Ser rico honestamente não é pecado, muito menos não saber viver sem luxo. É hábito, é padrão cultural. Mas aí aparecem estes malandros que vivem na nobreza, estão no topo apenas pelo meio político, pela malandragem, pelo jogo de Brasília. E até mesmo grandes empresários e agricultores caem diante da injustiça social.
Existem exceções, há avanços em todas as áreas. Exemplos de pessoas que conseguem estar alheias à injustiça e são capazes de caminhar na direção do crescimento. Mas este desequilíbrio com Sarneys, Collors e Renans não pode continuar. Isto aí é como óleo na pista, buraco na estrada, praga na safra. O jogo do poder é podre e exclui aqueles que não estão no esquema. Isso é mais transparente que água. Qualquer um enxerga. Seja pobre ou seja rico, qualquer indivíduo tem espelho em casa. Até o retrovisor do carro na rua é reflexo para o mendigo. Então, dê uma olhada no espelho, pense no esforço que você faz diariamente para ser honesto, vencedor e exemplar. Agora, ligue a TV, ouça no rádio, copie da Internet, recorte do jornal qualquer fala, qualquer palavra de um destes senadores. Se você concorda com tudo isso, durma feliz. Do contrário, entenda porque eu estou tão envergonhado.

Um comentário:

Carlo disse...

Caco, muito bom!
Eu não aguento mais isso que taí.
Temos que organizar um levante internético pra derrubar esses caras.
abraço e parabéns pela crônica.